A famosa e histórica livraria Lello, da baixa de Luanda, vendeu ao desbarato os últimos livros que restavam antes de encerrar definitivamente.
S egundo os funcionários, o espaço ou edifício, ou parte dele, foi vendido. A livraria acabou. Os funcionários vão para casa.
Não sabemos se os funcionários dessa livraria histórica se vão embora com ou sem indemnização. O certo é que, no quadro dos novos hábitos “que estamos com eles”, mais um espaço de cultura cedeu ao poder dos dólares e foi destruído.
Nesta imponente empreitada de demolição do centro histórico de Luanda, assistimos impotentes a um espectáculo desolador e imparável, dum lado, a destruição quase total do legado histórico da nossa capital, do outro, os discursos de todos, dizemos bem, TODOS SEM EXCEPÇÃO, dirigentes deste nosso querido país a proclamar aos azimutes e ao povo de Angola e ao mundo que é preciso salvaguardar os buelens arquitectónicos que nos foram legados pela história de Angola.
A hipocrisia em todo o seu esplendor! Ricardo Manuel deve-se ter voltado mais de uma vez na sua tumba.